Wednesday, 3 March 2010

A escola não é uma empresa

Que o João Miranda critique o discurso de Paulo Rangel sobre a Educação é um bom sinal. Na escola não se vendem seguros automóvel e nem os alunos não são clientes nem os professores e o corpo directivo são fornecedores. A avaliação dos professores é um bom exemplo de uma medida provavelmente bem intencionada, e que faz todo o sentido na maior parte das empresas, mas errada no contexto da escola portuguesa actual. A escola e os professores precisam de mais autoridade, não de precaridade. Os alunos precisam de chumbar quando devem chumbar e não de prosseguirem a bem das estatíticas e da imagem de Sócrates. Um professor deve preocupar-se fundamentalmente com ensinar devidamente os alunos e não com burocracias infindáveis. Que alguns consultores achem giro aplicar "score cards" à escola, cheios de processos e tecnologia, não admira, mas a eles eu prefiro lembrar a escola grega, em que os professores não eram avaliados mas eram respeitados.